Netanyahu afirma que o Irã cometeu um 'grande erro' e enfrentará consequências pelo ataque; governo iraniano emite nova ameaça.
- Voz do Mundo
- 1 de out. de 2024
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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, classificou o ataque iraniano desta terça-feira (1º) contra Israel como um "grande erro", prometendo que o Irã pagaria pelas ações. Netanyahu afirmou que o ataque falhou e destacou a determinação de Israel em se defender e retaliar seus inimigos.
Por outro lado, o governo iraniano reagiu de forma contundente, avisando que qualquer tentativa de contra-ataque resultaria em "grande destruição" para Israel. O Irã disparou cerca de 200 mísseis balísticos contra Israel em resposta aos recentes bombardeios que mataram líderes do Hamas e do Hezbollah, segundo autoridades iranianas.
Esse aumento nas tensões marca um momento crítico nas relações entre os dois países, com o Irã prometendo uma resposta "esmagadora" a qualquer ação adicional de Israel.
Autoridades israelenses informaram que estão preparando um contra-ataque, destacando que a ação irá demonstrar as capacidades do país em termos de "surpresa" e precisão. Por outro lado, a missão iraniana na ONU advertiu que, se Israel atacar o território iraniano, haverá uma resposta "subsequente e esmagadora".
A mídia estatal iraniana também afirmou que qualquer retaliação por parte de Israel resultará em um "grande ataque" contra as infraestruturas essenciais de Israel.
Desde o final de julho, uma resposta iraniana contra Israel já era esperada, após o assassinato de Ismail Haniyeh, então líder do Hamas, em Teerã. O governo do Irã culpou Israel pela morte de Haniyeh, acusando o país de violar a soberania iraniana.
Nos últimos dias, o Irã renovou suas ameaças após a morte de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, e de Abbas Nilforoushan, membro da Guarda Revolucionária do Irã, ambos mortos em bombardeios israelenses em Beirute, no Líbano.
O Irã é um aliado importante do Hezbollah, grupo considerado terrorista por Estados Unidos e Israel. Nos últimos dias, as tensões entre o Hezbollah e os militares israelenses se intensificaram, levando a ataques e bombardeios no Líbano, que resultaram em mais de 1.000 mortes.
Na noite desta terça-feira, mísseis iranianos cruzaram os céus de Tel Aviv e Jerusalém, em Israel. As autoridades israelenses informaram que a maioria dos artefatos foi interceptada, com o sistema de defesa Domo de Ferro operando para neutralizar as ameaças iranianas.
Em resposta ao ataque, as forças armadas israelenses orientaram a população a buscar abrigos e bunkers, enquanto sirenes de alerta soaram por todo o país e o espaço aéreo foi fechado.
Cerca de 20 minutos após a primeira onda de mísseis, uma segunda leva de projéteis foi disparada. A mídia estatal iraniana relatou que alguns dos mísseis atingiram áreas sob controle israelense na Cisjordânia, território palestino.
O governo israelense informou que duas pessoas sofreram ferimentos leves e não houve registros de danos a edifícios ou residências.
O chefe do Conselho de Segurança dos Estados Unidos, Jake Sullivan, afirmou que o ataque iraniano não danificou nenhuma infraestrutura estratégica de Israel, e não há relatos de mortes. Após o lançamento dos mísseis, o governo iraniano declarou que o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, foi colocado em um local seguro.
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